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Luto

Morre Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, aos 75 anos

Cantora e compositora enfrentava complicações após infecções pulmonares e deixa legado de voz inconfundível e estilo único que misturava blues, samba-canção, bolero e rock.

Por: Na Mira, com informações do g1 | Data: 08/09/2025 16:10
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A cantora e compositora Angela Ro Ro morreu na manhã desta segunda-feira (8) aos 75 anos. A informação foi confirmada à TV Globo pelo advogado dela, Carlos Eduardo Lyrio.

Angela foi internada em junho no Hospital Silvestre com uma infecção pulmonar grave. Desde então, enfrentava uma série de complicações. Recentemente, segundo o advogado, ela sofreu uma nova infecção e, na manhã desta segunda-feira, não resistiu.

Dona de uma voz inconfundível e de um estilo que misturava blues, samba-canção, bolero e rock, Angela Ro Ro se destacou como um dos nomes mais autênticos da música popular brasileira. Nascida Angela Maria Diniz Gonsalves, recebeu o apelido de Ro Ro ainda na infância por causa da voz grave. Começou a estudar piano clássico aos cinco anos e, décadas depois, se consagraria como uma das artistas mais originais do país.

A carreira começou na década de 1970, após uma viagem para a Itália, onde conheceu o cineasta Glauber Rocha. Em seguida, mudou-se para Londres, onde trabalhou como faxineira em um hospital, garçonete e lavadora de pratos em um restaurante, além de se apresentar em pubs. Por indicação de Glauber Rocha, participou do álbum Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita em uma música.

Ao retornar ao Rio de Janeiro, passou a se apresentar em casas noturnas e foi contratada pela gravadora Polygram/Polydor, atual Universal Music. O primeiro sucesso nacional veio em 1980, quando, vestida de smoking, cantou sozinha no palco do Teatro Fênix o clássico Amor, Meu Grande Amor, revelando ao país uma artista que falava de sentimentos pelo olhar das mulheres. No mesmo programa, dividiu o palco com a veterana Angela Maria, em um encontro de gerações.

Ro Ro começou tocando em bares do Rio e logo ficou conhecida pelos excessos. Sobre a tentativa de autodestruição, ela dizia: “Eu fiz a experiência de me autodestruir e não fui competente. Errei. E daí? Errei comigo”. Suas letras eram francas e cheias de personalidade. Em Demais, abordava o julgamento alheio: “Todos acham que eu falo demais, e que ando bebendo demais”. Em Escândalo, soltava a voz rasgada e debochada: “O grande escândalo sou eu, aqui, só”.

Documentário em produção

Antes de ser internada, Angela Ro Ro colaborou com a produção do primeiro documentário sobre sua vida, dirigido por Liliane Mutti, cineasta de Miúcha – A voz da bossa nova (2022). O documentário Angela Ro Ro está em fase final de produção, segundo informou o colunista Mauro Ferreira, do g1.

Veja Angela cantando 'Amor, meu grande amor', em 2006

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