No fim da manhã dessa segunda-feira (2), um artefato supostamente explosivo foi encontrado no Campus Bacanga da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís. O objeto foi localizado por um agente de limpeza do Centro Pedagógico Paulo Freire. A UFMA acionou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops).
Após a identificação do artefato, o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Maranhão foi acionado, isolou a área e realizou a detonação do artefato. Agentes da Polícia Federal (PF) também estiveram no local para auxiliar na destruição e no recolhimento de evidências.
Segundo o Capitão Ávila do Bope, após isolar a área, o artefato retirado do local e levado para uma área de mato da universidade, onde foi destruído. Pela intensidade da explosão, há suspeita de que o objeto fosse um explosivo.
"O objeto foi removido do estacionamento do prédio Paulo Freire pela equipe do Esquadrão Antibomba que, utilizando trajes anti-fragmentação e braço robótico, levou o artefato para uma área de mata da própria UFMA e lá a gente instalou, junto ao explosivo, uma contracarga explosiva. E, como o resultado da explosão foi maior que o esperado, leva-se a crer que o artefato seja explosivo. Mas, o artefato se deteriorou completamente, não restando nenhum vestígio para a perícia poder averiguar qual que seria esse explosivo”, explicou o capitão Ávila.
Ainda não há informações sobre quem teria deixado a bomba no local nem os possíveis motivos para o ato. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes, e a Polícia Militar garante que medidas de segurança foram reforçadas para evitar novos sustos.
O artefato estava preso a um vidro de perfume que, segundo o capitão Ávila, poderia conter algum material inflamável, que contribuiria com a explosão.
"Na base do artefato explosivo continha um vidro de perfume opaco, então não dava pra saber o que tinha dentro. Esse frasco poderia estar com gasolina, diesel, qualquer outro tipo de explosivo plástico e maleável dentro desse invólucro. E, o próprio corpo do perfume geraria fragmentos, então geraria uma área de atuação muito maior que o próprio explosivo. E, junto a esse frasco de perfume com conteúdo desconhecido, havia um corpo cilíndrico colado com uma fita isolante. E, desse segundo corpo, não era possível identificar, também, o seu interior. Havia uma ideia visual que poderia ser uma bateria, o que acendeu nosso alerta, pois poderia ser um artefato acionado remotamente”, destacou o capitão.
Ainda segundo o capitão do Bope, as investigações preliminares apontam que não havia nenhum motivo aparente para alguém ter deixado um suposto explosivo no local.
“Trata-se de um caso isolado, sem motivação, sem nenhuma suspeita de autoria. É um caso isolado que já foi resolvido, o seu perigo já foi tirado do campus da UFMA, tanto que as aulas já foram retomadas. E, por se tratar de um caso isolado, não há motivação para fazer uma vistoria em todos os prédios. Porque não se sabe quem quis fazer, quem se queria atingir ou se queria apenas gerar o pânico. E, no momento em que a gente muda o comportamento social, por conta de um artefato, de uma situação que já foi resolvida, que não tem aparente autoria, aparente motivação, a gente pode estar fazendo exatamente o que o autor quer, causar o pânico, afirmou o capitão Ávila.
Em nota, que todas as medidas de segurança foram adotadas de forma imediata e que as atividades acadêmicas e administrativas seguem normalmente no Campus. Ainda de acordo com a universidade, imagens das câmeras de segurança serão analisadas para identificar os responsáveis por colocar o artefato no local.
Veja nota na íntegra:
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informa que, nesta segunda-feira, 2 de junho, um agente de limpeza do Centro Pedagógico Paulo Freire, localizado na Cidade Universitária, identificou um artefato com aparência de bomba caseira.
A UFMA acionou imediatamente a Polícia Militar e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), que realizaram a retirada do objeto e o transportaram para uma área isolada, onde o material foi seguramente desarmado.
As imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas com o objetivo de contribuir para a identificação dos responsáveis.
A Universidade acionou à Polícia Federal, que assumirá as investigações.
A UFMA reforça que todas as medidas de segurança foram adotadas de forma imediata. As atividades acadêmicas e administrativas seguem normalmente.
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