Nos últimos 10 dias, 16 aves silvestres foram apreendidas no Maranhão, em diferentes ocorrências. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as aves apreendidas eram oriundas de caças e capturas ilegais, práticas que ameaçam a biodiversidade e o equilíbrio ecológico.
A primeira ocorrência aconteceu durante uma ronda ostensiva da PRF-MA no km 321 da BR-010, na sexta-feira (31). Um motociclista, que transportava uma gaiola coberta por uma camisa, foi abordado e, com ele, os policiais encontraram uma ave popularmente conhecida como curió.
Ele alegou à equipe da PRF que seria o proprietário da ave, porém não possuía a documentação necessária para a posse do animal silvestre. No mesmo dia, no km 671 da BR-222, outro motociclista foi abordado transportando uma gaiola com um papagaio. A ave não possuía anilha e o condutor afirmou que ela pertencia a uma cliente sua, e que não possuía qualquer permissão, licença ou autorização para manter a ave em cativeiro.
Já na última sexta-feira (7), a PRF resgatou 14 aves silvestres durante fiscalizações em diferentes pontos da cidade de Açailândia. As ocorrências foram registradas na BR-222 e no perímetro urbano do município, durante deslocamentos da equipe policial.
Dentre essas 14 aves, uma delas foi apreendida na BR-222, próximo ao km 673, quando um adolescente foi flagrado empurrando uma bicicleta e transportando uma gaiola, também coberta por uma camisa. Dentro da gaiola os policiais encontraram uma ave conhecida como coleirinho.
O adolescente informou que tinha capturado a ave após um pedido do seu avô, e que havia mais quatro gaiolas em sua casa. A equipe da PRF se deslocou até a residência, onde foram entregues voluntariamente mais três coleirinhos e um curió.
A tia do adolescente, que acompanhou o procedimento, informou que não possuía qualquer autorização para manter as aves em cativeiro e que tinha conhecimento da ilegalidade da ação.
Já o restante das aves apreendidas foram encontradas quando a equipe da PRF retornava para a rodovia federal, ainda no perímetro urbano de Açailândia, e identificou mais dois flagrantes de crimes ambientais.
Uma gaiola com uma ave foi visualizada pendurada na área externa de uma residência. O responsável não possuía autorização ou licença para mantê-la em cativeiro, e ainda apresentou mais duas gaiolas com uma ave em cada.
Logo à frente, os policiais encontraram mais seis aves silvestres em gaiolas penduradas na área externa de uma peixaria. O proprietário do estabelecimento também não possuía documentação que comprovasse a legalidade da posse das aves. Com ele foram encontradas aves conhecidas pela beleza do canto, como trinca-ferro, galo-da-campina, corrupião, bigode e sabiá.
Resgate das aves
Todas as aves resgatadas, além das gaiolas apreendidas, foram encaminhadas ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em Açailândia. Para cada flagrante foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), de acordo com o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, pelo crime de caçar e manter em cativeiro espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
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