O Ministério Público Federal (MPF) deu início a uma investigação para apurar as causas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que interliga os estados do Maranhão e Tocantins. O incidente, que já resultou em uma morte confirmada e deixou 16 pessoas desaparecidas, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA).
Segundo o MPF, os caminhões envolvidos transportavam ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, substâncias químicas que foram confirmadas no local do acidente. A possibilidade de vazamentos e contaminação ambiental despertou alarmes entre as autoridades locais.
Em um documento assinado pelos procuradores da República Alexandre Silva Soares e Thayná Freire de Oliveira, foi expressa a preocupação com a contaminação das águas do Rio Tocantins, o que levou à suspensão das atividades de abastecimento na região. O MPF não se limita apenas a investigar as causas do desabamento; também busca responsabilizar os envolvidos e garantir a reparação dos danos ambientais provocados pelo incidente.
Além disso, o MPF solicitou à Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informações sobre a contaminação das águas e sobre a paralisação dos serviços motivada por esse problema. Ofícios semelhantes foram expedidos à Prefeitura de Imperatriz e à Prefeitura de Estreito, requisitando esclarecimentos sobre a suspensão do fornecimento de água na área afetada.
A investigação, ainda em fase inicial e conduzida pelo MPF, se concentrará na apuração das causas do desabamento, nos danos ambientais resultantes da queda dos caminhões e nos impactos sobre a fauna, flora e abastecimento de água da região. O objetivo é assegurar a responsabilização dos envolvidos e a reparação dos danos, garantindo assim a proteção do meio ambiente e a segurança da população local.
Abastecimento de água na região
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que o abastecimento em Imperatriz está parcialmente interrompido devido à parada dos sistemas de captação, produção e tratamento de água. Entretanto, os 49 poços espalhados pela cidade continuam operando normalmente, não sendo afetados pelo incidente.
Análise da água
Durante o desabamento da ponte Juscelino Kubistchek de Oliveira, três caminhões caíram na água. Dois transportavam ácido sulfúrico e, um, defensivos agrícolas, substâncias químicas já confirmadas no local. Equipes da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) estão monitorando possíveis vazamentos para evitar danos ambientais e à saúde pública.
O desabamento
O acidente aconteceu na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados de Maranhão e Tocantins, na tarde de domingo (22). Segundo autoridades, quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas estavam na parte da ponte que caiu.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira foi construída na década de 1960, tem 533 metros de extensão e liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226.
Ela integra o corredor rodoviário Belém-Brasília e passa sobre o rio Tocantins. As más condições da ponte vinham chamando a atenção de quem passava por lá. No sábado (21), um morador postou um vídeo na internet denunciando a situação (assista abaixo, na reportagem do Fantástico).
Causa do desabamento
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu.
A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas alternativas.
"Os usuários devem acessar a estrada que vai de Darcinópolis/TO a Luzinópolis/TO, chegar na BR-230/TO e seguir até o km 101 (cidade de São Bento/TO). Em seguida pegar a direita, sentido Axixá/TO e Imperatriz/MA.Maranhão: Os usuários devem acessar a BR-226/MA em Estreito/MA até Porto Franco/MA. De Porto Franco/MA os usuários devem seguir pela BR-010/MA até Imperatriz/MA", diz o DNIT, em nota.
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