Presente no cotidiano das pessoas, as redes sociais tornam-se um mecanismo de socialização indispensável nos tempos atuais. Manifestada de várias formas, a redes sociais dentro do mundo pós moderno possibilitam a exteriorização das expressão de opiniões, ideias, sentimentos, consolidando cada vez mais uma potencialidade egocêntrica do ser humano.
A linguagem manifestada nas relações interpessoais dentro do cotidiano do mundo das redes é recheada de caracteres que em muitas situações transcendem o universo geográfico, perpassando pelo universo subjetivo das pessoas, invadindo sua vida privada.
Os desafios que o mundo digital se apresenta nos remete a interrogações muito preocupantes. A tela do computador e celulares consomem a cotidianidade da maioria das pessoas. Hoje todos, de uma certa maneira, se autoproclamam uma autoridade em assuntos que permeia a sociedade contemporânea.
A velocidade das notícias que passam pelas telas das redes sociais acaba gerando uma cultura que, ao mesmo tempo que é informatizada, tem que conviver em muitas situações com o desafio de filtrar o que é edificante, e o que é destrutivo. Com isso, entende-se que as redes sociais no mundo atual tem substituído os meios de comunicação tradicional.
Um mundo que nos aproxima criando laços afetivos, ao mesmo tempo nos distancia em universo paralelos, criando conteúdos que o nível de significado pouco importa. O que deve ser levado em consideração é capacidade de engajamento dos consumidores .
Essa realidade voraz das redes sociais tem potencializado um universo de adultização de crianças sem precedências nos últimos tempos, fazendo com que as mesmas personifiquem figuras que na sua essência não condiz com sua construção de maturidade etária. Vivemos tempos nebulosos de uma indústria desumana que fomenta a sensualidade das crianças em sistemas de redes sociais. Faz-se necessário emergencialmente políticas públicas que assegurem o direito da criança e do adolescente, já celebrado em estatuto, e uma legislação que venha penalizar quem de fato é patrocinador e divulgador dessas asneiras.
Em suma, entende-se que a conjuntura invasiva das redes sociais acaba vitimando pessoas ao mais cruel crime que possa existir, que seria o de invasão da privacidade humana. Ou seja, somos a cada dia marcados pela lógica da visibilidade que gera uma profunda necessidade de sempre está em conformidade com os padrões impostos pelo mercado.
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