No mundo em que tudo é fluido e efêmero, olhar para a dimensão dos relacionamentos e afetos no contexto atual configura-se como um desafio extremamente relevante. As dinâmicas sociais contemporânea criou um ideário de vivencias e convivências muitas vezes pautado no descartável, onde o outro passar a ser não sujeito permanente e sim uma mera passagem no transitar da caminhada.
Mudanças significativas nos vínculos afetivos tem sido a tônica das relações entre namorados, casais, amigos, familiares, o simples ato do diálogo foi evoluído para o termo troca de ideias, ou o que antes era denominado término de uma relação resume-se agora em apenas um simples bloqueio nas redes sociais.
É evidente que o mundo moderno trouxe fragilidades nas relações humanas, caracterizadas por uma volatilidade, transitoriedade, e fragilidade frequente, gerando assim comportamentos que se reproduz em uma sociedade cada vez mais egocêntrica, e individualista.
No entanto, é importante salientar que mesmo em meio, a essas lacunas da existência, o cultivo do ato de enamorar, deve ser uma ação permanentemente presente na vida das pessoas, materializado em gestos que transcende a dimensão da utilidade e perpassa pelo caminho do significado. O tempo parece ser outro, mesmo assim somos sujeitos envolto aos emaranhados desse turbilhão de sentimentos que invade a subjetividade humana, e nos projeta a experiências que nos condiciona em muitas situações a dimensão da instrumentalidade e artificialidade nas relações interpessoais.
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