O rio refém
A parca víscera líquida sob a ponte
leva a magra lâmina doce ao destino corrente
para a imensidão gorda de boca gulosa
e estômago viciado à digestão salgada
Fome e sede do Itapecuru
Com quantos dentes mastigas as vidas
engolidas por ti no escorrego dessa garganta
de correnteza lenta de águas servidas
formando o esgoto com uma só víscera
que secará dia-a-dia
face à derrubada de tua cabeceira vegetal
expondo margens de areia quente
sob mil sóis cáusticos
em contra partida
na simbiose maldita e mais rara
com agonia são retiradas de ti
vidas que saciam estômagos famintos
ao teu pasto serviçal de acasalados espíritos
em corpos vivos e armados com ferro e nylon
mergulhados na tua parca lâmina líquida
vestida e suprida de dejetos
que amputam os braços afluentes
a oferecer veredas secas
à mesa de tua morte anunciada...
Mendigo
Em grito por água
a voz rouca fugida da goela seca
é a única canção da sede
em quem estende a mão aberta
ao aceno por pão
para ocupar o vazio
habitat da fome.
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Em Caxias, em uma linguagem artístico-cultural das artes cênicas, precisamente o teatro, criada pelo ativista cultural Léo Barata, e é...
Só existir
Desperto todos os dias já acordados em manhãs sem luz dentro e fora de mim...o vazio afótico do quarto me expulsa da ambiência sentida e amputada de ti...mendigando à saudade sigo morrendo na ausência testemunha sem nós...!
Despistar!
Solitário, almejo ser um enganador a fim de insistir, persistir e nunca desistir do desejo de enganar a dor...!
Safra à alma!
...sou semente...