Caxias-MA 19/05/2025 01:29

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Wybson Carvalho

Recanto do Poeta

Caxias e a história de exemplares edificados no seu acervo arquitetônico


As edificações que compõem o acervo arquitetônico no centro histórico de Caxias pertencem a vários períodos da arquitetura brasileira: colonial, neoclássica, eclética e moderna, sendo possível identificar não somente estilo único, puro, mas uma mistura de estilos e tendências. Esse ecletismo arquitetônico pode ser visto em função da finalidade de uso ou em correspondência com o status social da classe hegemônica caxiense da época.

Procedendo à identificação verifica-se, que, em Caxias, existiram várias construções em casarões e sobrados mantendo as características originais egressos, principalmente, dos traços da arquitetura portuguesa. A importância histórica deles está no perímetro central da cidade e são construções estilizadas com portadas em cantaria, grades de ferro nas sacadas, portas adornadas e com detalhes em entablamento e azulejaria em alto relevo a algumas partes das fachadas.

Duas edificações de cunho histórico-cultural e de interesse público e coletivo estão concentradas na Praça Magalhães de Almeida; são elas: O Palácio Episcopal (sede da Diocese de Caixas) e a Igreja Nossa Senhora dos Remédios (Catedral da Igreja Católica de Caxias). O Palácio Episcopal está localizado na Praça Magalhães da Almeida, no Centro Histórico de Caxias, próximo a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios.

Praça Magalhães de Almeida:

Construída e urbanizada na segunda metade do século passado.

Logradouro público que homenageia o cidadão maranhense, José Maria Magalhães de Almeida, mais conhecido como Magalhães de Almeida, nascido em Codó – MA em 28 de julho de 1883 e falecido no Rio de Janeiro em 4 de outubro de 1945; foi um militar e político brasileiro. Foi, também,  governador do Maranhão, de 1º de março de 1926 a 1º de março de 1930, além de senador de 1925 a 1926 e deputado federal constituinte em 1934.

Localizada no Centro Urbano de Caxias, tem no seu perímetro a Igreja Nossa Senhora dos Remédios; construída no século 19 pela irmandade de Nossa Senhora dos Remédios. Nela está instalado um relógio D`Jong do ano 1842. Uma curiosidade interessante sobre esta igreja: serviu de depósito de pólvora na época da guerra da Balaiada, e há, ainda, o Palácio Episcopal ao lado da Catedral de Nossa Senhora dos Remédios Residência oficial dos Bispos, o edifício chama atenção por sua beleza, imponência e grandiosidade; recentemente, por ocasião da comemoração dos 75 anos da Diocese, foi aberto ao público para visitação. Outro imóvel que chama a atenção na área que margeia o logradouro e o palacete do comendador Alderico Silva, localizado na Rua 1º de agosto, próximo à Catedral de Nossa Senhora dos Remédios, no centro histórico. Construída em estilo neoclássico europeu, datada do inicio do século XX, com adornos vindos de Portugal e França. Possui peças autênticas de louças em estilo colonial na entrada e no alto da residência; fachada em auto relevo florido e mobília vinda de Paris.

A Igreja Nossa Senhora dos Remédios:

O português residente em Caxias José Antônio de Oliveira enviou um requerimento ao bispado do Maranhão, solicitando licença para erguer uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, padroeira do comércio. A autorização foi concedida pelo vigário capitular Dr. João de Bastos Oliveira, no dia 20 de outubro de 1817. A partir desta data, devotos e comerciantes passaram a planejar sua construção as margens do então Morro das Tabocas, onde foi construído a Capela dedicada à Santa.

Em 1823 quando o Major Fidié se instalou no alto do Morro onde pretendia manter o regime fiel a Portugal, a Capela dos Remédios serviu de local para a Câmara Municipal se reunir em sessões, onde no dia 31 de junho daquele ano os vereadores resolveram aderir a Independência. Poucos anos depois durante a Balaiada, a capela serviu como deposito de pólvora e armamentos pelos que defendiam a cidade. Tomada pelos balaios, a capela foi parcialmente destruída. Em 1846 o engenheiro caxiense João Nunes Campos, formado em Paris, é contratado para a sua reforma. A fachada foi alterada, construída duas torres e ampliada a Capela Mor. Em 1867 foi instalado um relógio de bronze vindo da Europa, onde até hoje dá as horas do dia a dia. Em 1939 com a criação da Diocese de Caxias, a igreja é elevada a Catedral do Bispado.

O Palácio Episcopal:

 A edificação teve sua pedra fundamental lançada em 1943, iniciando-se as obras de construção em março de 1944. O Palácio, construído com o patrimônio de Dom Luís Marelim, é composto de muitos cômodos, incluindo uma capela, uma biblioteca, dormitórios e salas que abrigam o acervo pessoal dos bispos de Caxias. Peças de mobiliário, imagens, documentos históricos e objetos centenários que guardam a história da Igreja Católica em Caxias também se encontram guardados no local. O prédio construído em estilo colonial eclético possui duas colunas frontais e dois pavimentos; os mosaicos que cobrem o chão foram produzidos nos fundos do Palácio, onde D. Luís fundou uma olaria.

 


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