Féretro
Deitarei na madeira fôrma.
apagada estará a luz dos meus dias e noites;
- sol, lua e estrelas fogem da vida terminada -
o amarelado fogo das velas envoltas
iguala-se ao meu pálido corpo inerte
e estendido qual iguaria posta à mesa do velório.
já estará faminta a profunda cova
aberta com a língua úmida da morte
e os dentes afiados no cio da solidão.
Naturezas:
A animal,
o instinto criou o coração em mim
dividido em faces iguais -
A divina, à fé acasalou o espírito
noutro eu aglutinado
pelas emoções diferenciadas.
Qual porção é a verdade minha?
O cérebro juiz da razão
emudecido à resposta lógica
sobre eu nenhum compreendido.
Meu eu
Preso às circunstâncias grupais
escravizo-me em inúteis fugas
alheias à unicidade.
sem encontrar abrigo individual
multiplico as buscas pelo zero
à esquerda de mim.
Caxias do Maranhão é uma cidade que, ainda hoje, serve de referência para o país quando o assunto é a Literatura, é o berço de uma considerável plêiade de escritores e poetas de grande expressão e produção literária no cenário nacional, a exemplo de Gonçalves Dias, Coelho Neto, Teófilo Dias, Vespasiano Ramos, Raimundo Teixeira Mendes, César Marques e muitos outros de uma...
Poema à minha poesia
Um dia qualquer eu escreverei um poema de amor com meiguice, ternura e carinho para ti…será ofertado aos teus brios causadores da minha emoção ou, talvez, íntima ilusão sem querer almejada,quero te ofertar a sensaçãoqual a imensidão do marou as fragrâncias das flores no sonhado jardim dos amantes...aí, então, tu entenderás o meu amor, mas não importa se isso...
Há uma síndrome temporal em mim: meu passado abandonado se foi tão longe, meu presente apressado já não é constante e à brevidade aproxima-se o meu fim...!