Meu sol
Emersa luz de vida fugitiva
dos montes em véus escuros
e carregados de prantos posteriores
à rega temporária da terra cáustica
Vem e prepara a coberta de calor
que transforma em cinzas
os momentos matutinos e vespertinos
da agonia, diariamente, seca.
Não ir
Meus descalços pés andarilhos
levam meu corpo baldado e nu
ao caminho algum de repouso
no qual chego carregado de nada.
Ceticismo e crença
Eis a questão!
sal, ao pão, para a existência da matéria
doce, ao vinho, para a vida eterna do espírito.
aleluia à fé...
Autêntico
O que me é inválido
torna-me ávido a não realizá-lo...
então,
faço-me válido
ao que me há...
refém é o ser com ônus
a interesses dos outros.
*Paulo Melo Sousa Melo Sousa
A voltagem verbal de um poeta na cidade e da cidade no homem Foi no início dos anos noventa do século passado que conheci, em Caxias das Aldeias Altas (a Princesa do Sertão), o grande poeta e amigo Wybson Carvalho. Naquela ocasião, o grupo Poeme-se (1985 / 1994), criado em São Luís do Maranhão por mim e por Ribamar Filho, foi convidado pelo também escritor caxiense Renato Meneses para homenagear com...
Nos dias atuais, eu sou quase um septuagenário... Mas há muito tempo, precisamente, na minha escolaridade ginasial, eu estudara sobre as histórias do Maranhão e de Caxias em fontes escritas por historiadores, tais quais: Mário Martins Meireles, Astolfo Serra, Ribeiro do Amaral e Elói Coelho Neto, dentre outros, e estou a lembrar, a verdadeira história da nomenclatura - Tresidela - eminentemente nascida, aqui, no torrão caxiense....
Féretro
Deitarei na madeira fôrma.apagada estará a luz dos meus dias e noites; - sol, lua e estrelas fogem da vida terminada -o amarelado fogo das velas envoltasiguala-se ao meu pálido corpo inertee estendido qual iguaria posta à mesa do velório.já estará faminta a profunda cova aberta com a língua úmida da mortee os dentes afiados no cio da solidão.
Naturezas:
A animal,o instinto criou o...