Perdão
Natureza e obra eternas,
unicidade ubíqua em
onipotência e onipresença,
— caí em tentações pecaminosas!
livrai-me de insidiosa luz do fogo.
mas não me deixeis nas trevas.
não sou digno de beber do vinho e comer do pão!
porém,
lavai-me as feridas com meu próprio sangue,
aliviai-me a dor para que sacie a minha própria fé,
e, então, salvai-me do que fui ao abençoardes o que serei.
rogai-me, amém.
Fogueira à embriaguez
Estou tão só à sexta-feira...
sinto tanto frio neste último dia útil...
há dentro de mim uma sede ao álcool...
meu coração quer se aquecer
à margem de um vulcão, em erupção constante,
que derrame larvas acesas a incendiar
meu corpo acasalando solidão
nos dias subsequentes do final de semana:
sábado e domingo inúteis
a um cotidiano de dia algum.
Fome
ausência de iguarias
nos recipientes à mesa
do oferecimento aos desvalidos…
presença do vazio
nas vísceras do estômago
embrulhado pelo papel da sociedade…
Instantes...
Há pouco tempo o sol e a lua se encontraram por minutos e, lamentavelmente, não se completaram em si próprios... pois, a natureza é a diversificada mãe dos astros...!
Abandono e solidão ...!
... teu silêncio e tua ausência invadem à minha alma e ao meu sentimento e se irmanam à leitura das páginas do teu livro. Sim, agora, sei os teus...
Oferta à vida
Haveria prata, ouro e diamantes,
se eu preferisse caminhar certo
pelos tortos e estabelecidos caminhos
pautados em tua ambiência.
mas,
vesti-me do nada
e rumei por veredas aziagas
do meu inferno existencial
a destruir ilações sobre nosso espaço.
Sentenciado
Inculpado, mas transformado num ser;
enfermo, desiludido e tão só…
sem horizonte a seguir e com inércia se alimentando de...
Perdão
Natureza e obra eternas,
unicidade ubíqua em
onipotência e onipresença,
— caí em tentações pecaminosas!
livrai-me de insidiosa luz do fogo.
mas não me deixeis nas trevas.
não sou digno de beber do vinho e comer do pão!
porém,
lavai-me as feridas com meu próprio sangue,
aliviai-me a dor para que sacie a minha própria fé,
e, então, salvai-me do que fui ao...