Brasileiros, maranhenses e, particularmente, caxienses; pois bem, neste ano de 2023 no qual o poeta Gonçalves Dias, 10 de agosto, completará para nós e para o mundo dois séculos de vida à eternidade literária, além de, em nossa Caxias, haver desde já espontâneas manifestações nas mais diversas linguagens artístico-culturais pelos fazedores de cultura locais, é imprescindível criarmos um Projeto Memorial Gonçalves Dias a fim de proporcionarmos uma estratégia de articulação entre à organização de arquivo e pesquisa biográfica e bibliográfica.
A presentação à criação do projeto Memorial Gonçalves Dias se propõe a organizar e divulgar o legado cultural e a memória do poeta, teatrólogo, pesquisador, e advogado.
O projeto prevê a instalação de um Centro de Documentação para catalogar o acervo de Gonçalves Dias; de um Portal na Internet para disponibilizar em uma base de dados online o acervo histórico do homenageado; a redação da Biografia Oficial, iniciada através de pesquisa do próprio centro de documentação; e a instituição de um Memorial, um espaço museologo e museográfico e cultural permanente.
E o mencionado Projeto Memorial Gonçalves Dias pode ser executado num processo participativo entre o poder público e a sociedade civil organizada e, ainda, se houver uma obediência político-administrativa de cunho histórico-cultural, os entes federados poderão elaborar e articular a execução desse projeto acima, em face da harmonia federativa - atualmente - tão necessária entre a União, Estados e Municípios, pois Gonçalves Dias nos eternizou em um dos principais símbolos nacionais: a nossa Bandeira Nacional Brasileira, com dois versos extraídos da sua Canção do Exílio - " nossos busque têm mais vida / nossa vida -"em teus seios-" mais amores "... Acreditem: o poeta Gonçalves Dias nunca morreu e, sim, se encantou num naufrágio, pois só o criador da vida eterna dera ao "poeta soberano por berço o equador e por túmulo o oceano"!
A dinâmica de execução desse projeto acima é tão oportuna criação de um Memorial Gonçalves Dias e
será, notadamente, prioridade resgatar, além das Obras Completas do Poeta, a Fortuna Crítica, as Biografias que sobre ele foram escritas, Teses, Prefácios, Ensaios, Estudos e demais publicações sobre a singular e excepcional pessoa que foi Gonçalves Dias, enquanto criatura e criador, nas personae em que se manifestou, de maneira sempre extraordinária e instigante, porém pouco conhecidas.
Em Brasil e Oceania nasce o primeiro antropólogo brasileiro e, mais, há de se dar a conhecer o poliglota, o indigenista, o humanista, o helenista, o historiador, o professor, o etnólogo, o autor de Dicionário da Língua Tupi, o inigualável poeta, em Língua Portuguesa.
Portanto, é imprescindível brasileiros, maranhences e caxienses se debruçarem sobre resgate tão vital para a MEMÓRIA maranhense, que precisa ter memória, para formação de sua verdadeira identidade.
Não podemos culpar professores, estudantes, pesquisadores, se desconhecem certos escritores maranhenses do séculos XIX e até do século XX.
As edições das obras de Maranhão Sobrinho, por exemplo, datam de mais de 1 século, bem como a edição de Brasil e Oceania.
Como pessoas podem ser cobradas de conhecerem a vida, a obra e a crítica sobre determinados escritores, se não têm como acessar as suas obras, em bibliotecas, casas de cultura, memoriais, internet?
PUBLICIDADE