Sou espinho entre rosas
que são belezas no jardim;
abrigo ao pontiagudo perigo
em iminência contínua de ferir...
Sou veleiro errante num mar de calmarias
atracado em porto plácido;
mas, sob pesadelos de ventanias
e ressacas possíveis...
Sou foco que somente resplandece
sob a luz de estrela única;
advinda de céu cinzento
que só se enche de nuvens turvas...
Sou barulho que a se próprio ensurdece;
rendendo-se em sangue esvaído;
às quedas da moldura de carne
que ao álcool retornará...
Sou travessia destinada às mágoas
de mesmice acumulada;
quanto mais existida
mais e mais se embriaga...
Sou vasta tempestade negra
em íntima violência diária;
está sempre desvirginando
a singela despedida ao velório da solidão...
Sou mendigo pedindo permissão
à entrada da morada humana;
não pródigo sem rua para retornar
ao seu abandono...
perdão!
Caxias do Maranhão é uma cidade que, ainda hoje, serve de referência para o país quando o assunto é a Literatura, é o berço de uma considerável plêiade de escritores e poetas de grande expressão e produção literária no cenário nacional, a exemplo de Gonçalves Dias, Coelho Neto, Teófilo Dias, Vespasiano Ramos, Raimundo Teixeira Mendes, César Marques e muitos outros de uma...
Poema à minha poesia
Um dia qualquer eu escreverei um poema de amor com meiguice, ternura e carinho para ti…será ofertado aos teus brios causadores da minha emoção ou, talvez, íntima ilusão sem querer almejada,quero te ofertar a sensaçãoqual a imensidão do marou as fragrâncias das flores no sonhado jardim dos amantes...aí, então, tu entenderás o meu amor, mas não importa se isso...
Há uma síndrome temporal em mim: meu passado abandonado se foi tão longe, meu presente apressado já não é constante e à brevidade aproxima-se o meu fim...!