O vice-prefeito de Afonso Cunha, Floriano Pereira da Costa (PDT), foi acusado de agressão e tentativa de estupro contra a presidente da Câmara Municipal, vereadora Júlia Pereira (PL).
O ataque violento, segundo a parlamentar, ocorreu no gabinete da Presidência da Câmara, durante uma reunião institucional. Júlia gravou um vídeo e mostrou imagens de parte de sua roupa - que segundo ela teria sido rasgada pelo agressor -, e lesão no rosto.
Ela afirmou ter levado um soco logo após ter começado a gritar, depois de ter sido agarrada por ele. O agressor, segundo a denúncia, também tocou as partes íntimas da vítima.
“Estou aqui gravando esse vídeo, sem condições, mas eu tinha de gravar, por respeito às mulheres e por respeito a mim, que sou mãe de família. Hoje o vice-prefeito, Floriano, tentou me estuprar no meu local de trabalho, na Presidência da Câmara. Ele me bateu, me socou o rosto, rasgou minha roupa, puxou meu cabelo e me jogou no sofá. Ele pegou nas minhas partes íntimas, ele ficou excitado. Foi horrível. Não quero que isso não aconteça nunca, com nenhuma mulher do Maranhão, porque aconteceu comigo, mas poderia estar acontecendo com qualquer outra mulher. Não quero que isso aconteça mais. Eu quero justiça”, disse.
E completou: “a fama dele é essa: querer meninas jovens e eu sou uma mãe de família, tenho meu filho. Sou presidente da Câmara de Vereadores e preciso de respeito assim como todas as mulheres afonsenses. Não vou me calar. Esse cidadão é um tarado sexual”, finalizou.
A parlamentar informou que em outras ocasiões, já havia sido vítima de “brincadeiras” inadequadas por parte do vice-prefeito e assegurou que o caso será levado à Justiça.
A polícia vai investigar a denúncia.
Negou
O vice-prefeito, por meio de nota, negou a tentativa de estupro. Ele disse que a denúncia é caluniosa e tem por objetivo provocar desgaste político.
“Eu, Floriano Pereira, vice-prefeito de Afonso Cunha, venho a público me manifestar sobre as recentes acusações proferidas pela vereadora Júlia Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, contra a minha pessoa, as quais eu repudio de forma veemente. Trata-se de denúncia caluniosa desprovida de qualquer fundamento, com nítido intuito de macular a minha honra, minha imagem e causar desgaste político. Atribuem-me conduta que não condiz com meus princípios, valores e histórico de vida. Sempre fui e continuo sendo um cidadão de bem, trabalhador, cumpridor dos meus deveres e atuante na defesa da ética e da justiça”, destaca trecho da nota.
O caso ganhou forte repercussão no meio político do Maranhão, com manifestações de solidariedade à vereadora Júlia Rodrigues.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE