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Polícia

Cabo faz história ao ser a primeira mulher a integrar a ROTAM no Maranhão

Amanda Seixas, superou etapas físicas e emocionais e fez história ao ser aprovada no curso da Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM), um dos grupamentos mais exigentes da Polícia Militar.

Por: Imirante.com, com informações do g1 MA | Data: 20/05/2025 20:30
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O Maranhão agora conta com a primeira mulher aprovada no curso da Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM), um dos grupamentos mais exigentes da Polícia Militar. A conquista é da cabo Amanda Seixas, de 33 anos, que concluiu o treinamento no último fim de semana, após 70 dias de preparação intensa.

O curso envolveu atividades de tiro, abordagens e práticas operacionais. Dos 70 militares inscritos, apenas 33 foram aprovados. A Rotam é responsável por operações de patrulhamento motorizado e ações táticas em áreas com altos índices de criminalidade, como tráfico de drogas e sequestros.

“Não deixe que digam onde é o seu lugar! 1ª mulher Raiada do Maranhão. Que cada mulher se sinta empoderada para seguir seus sonhos, alcançar seus objetivos e mudar o mundo”, disse Amanda após a formatura, usando o termo “Raiada”, como são conhecidos os integrantes da Rotam.

Durante a formação, Amanda enfrentou desafios físicos e psicológicos. “Muitas etapas físicas me exigiram bem mais, por conta da minha fisiologia feminina. Mas eu tinha que superar essas questões se quisesse continuar no meu objetivo. Também tivemos perdas de caras bons de físico, mas o mental faltou”, afirmou.

Atualmente cabo da PM, Amanda também é formada em Enfermagem. No entanto, foi a paixão pela vida policial que sempre falou mais alto. Nos últimos anos, ela dividiu o tempo entre o trabalho, a maternidade, de um menino de quatro anos e uma menina de 11, e o sonho de crescer na corporação.

A decisão de entrar para a Rotam surpreendeu até os mais próximos. A prima e confidente Flora Seixas lembra bem da reação da família quando Amanda compartilhou a escolha.

"Quando ela passou no concurso, nós tentamos aconselhar que ela se mantivesse no administrativo. Mas ela foi para o BPRV. Depois de um ano, revelou que queria a Rotam. Tentamos fazer com que ela desistisse, por medo, mas ela já estava decidida", conta Flora. “Apesar do receio de tudo que vem com a profissão, a apoiamos.”

A rede de apoio, essencial em jornadas assim, é formada quase toda por mulheres: a mãe, a tia, e a própria Flora, que se revezaram no cuidado com os filhos durante o curso e também nos momentos mais duros da rotina de Amanda.

"Sem elas, nada disso teria acontecido. Elas que ficavam com meus filhos para que eu fosse atrás de realizar esse sonho", conta Amanda.

Para a prima, o momento mais marcante da preparação foi durante o Teste de Aptidão Física (TAF). “Foi o que mais motivou ela, pois sabia que era por ela e pela filha também. Hoje ela tem dois filhos, concluiu o curso de enfermagem, sempre se destacou no trabalho e cuidou da família.”

O futuro fardado

Amanda quer mais. O plano agora é seguir com os princípios que aprendeu no curso da Rotam e honrar o título conquistado com suor, disciplina e resistência.

"O grande desafio agora é ser uma excelente guardiã da Doutrina de Rotam. É justamente isso que quero viver", afirma.

A história de Amanda não se encaixa em moldes pré-fabricados sobre superação feminina ela não quer aplausos por ser mulher, mas por ser capaz. E mostrou, com firmeza e dedicação, que o lugar dela sempre foi onde ela quisesse estar.

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