O Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Caxias tem intensificado os diálogos com comunidades e prefeituras da Região Leste do estado para expandir a oferta de cursos na área de Aquicultura em 2025. A iniciativa, que integra a Linha de Fomento da Bolsa-Formação Aquicultura do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), tem como objetivo capacitar trabalhadores do setor aquícola, impulsionando o desenvolvimento local e garantindo mais oportunidades para populações em situação de vulnerabilidade social.
Em 2024, o IFMA Campus Caxias ofertou os cursos de Agente de Desenvolvimento Cooperativista, Operador de Beneficiamento de Pescado e Aquicultor nos municípios de Caxias e Colinas, alcançando comunidades rurais e assentamentos. Para 2025, a meta é ampliar ainda mais esse alcance.
Expansão dos cursos para novas localidades
Em dezembro de 2024, o chefe do Departamento de Extensão e Relações Institucionais (DERI) do IFMA Campus Caxias e coordenador local da Bolsa Formação, Luís Morais, visitou a comunidade quilombola Soledade, onde foram pactuadas três turmas para o ano: Agente de Desenvolvimento Cooperativista (160h), Operador de Beneficiamento de Pescado (200h) e Aquicultor (160h). “A oferta desses cursos em Soledade representa um avanço significativo na inclusão produtiva das comunidades quilombolas. Nosso objetivo é levar capacitação de qualidade para fortalecer a economia local, promovendo autonomia e geração de renda para os moradores,” destacou Luís Morais.
Já em janeiro de 2025, Ronilson Pinheiro, coordenador local da Bolsa Formação em Colinas, e o professor Paulo Sérgio Morais articularam a oferta dos cursos no município de Buriti Bravo. A prefeitura municipal confirmou total apoio para a realização das turmas, garantindo suporte logístico e infraestrutura. “É muito gratificante ver o comprometimento da gestão municipal de Buriti Bravo com a formação profissional da população. A parceria com o IFMA permitirá que muitos moradores tenham acesso a uma qualificação de alto nível, abrindo portas para novas oportunidades no setor aquícola”, celebrou Paulo Sérgio Morais.
Além disso, Colinas continuará recebendo turmas em 2025, com a primeira formação prevista para março, iniciando pelo curso de Agente de Desenvolvimento Cooperativista.
Outro município que receberá cursos em 2025 será São João do Sóter. A primeira visita técnica foi realizada por Paulo Sérgio e Ronilson Pinheiro, e posteriormente, Luís Morais e Paulo Sérgio retornaram para consolidar a parceria. “Na segunda reunião com representantes da prefeitura, acertamos todos os detalhes para a oferta dos cursos. O município tem grande potencial para o desenvolvimento da aquicultura, e acreditamos que essa iniciativa trará impacto positivo para a comunidade,” afirmou Luís Morais.
Outro município que receberá os três cursos da Bolsa Formação Aquicultura em 2025 será Parnarama. “A ampliação da oferta para Parnarama reforça o compromisso do IFMA em democratizar o acesso à educação profissional. Nossa missão é levar conhecimento técnico para que as comunidades possam crescer economicamente, aproveitando o potencial aquícola da região,” concluiu Luís Morais.
Maior oferta de vagas do país
O IFMA foi a instituição com maior número de vagas contempladas na Chamada Pública da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) para a Bolsa-Formação Aquicultura. Ao todo, foram disponibilizadas 3.920 vagas, distribuídas entre os cursos de Agente de Desenvolvimento Cooperativista (160h), Operador de Beneficiamento de Pescado (200h) e Aquicultor (160h).
No Maranhão, 16 unidades do IFMA executam os cursos, atendendo 46 municípios, incluindo Caxias, Colinas, Codó, Santa Inês, Zé Doca e São Luís Maracanã. No total, o MEC destinará R$ 6,6 milhões para o IFMA, que está à frente da oferta de vagas no país.
A execução dos cursos conta com o apoio da Coordenadoria de Programas Especiais vinculados ao Bolsa Formação no IFMA (PROGESP) e do Centro de Referência Tecnológica (CERTEC). Os cursos são voltados prioritariamente para aquicultores, pescadores, povos ribeirinhos, indígenas, quilombolas, assentados, agricultores familiares, extrativistas e mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além da qualificação, os alunos receberão ajuda de custo conforme as regras da Bolsa Formação Aquicultura.
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