Nesta semana, as cidades de Balsas e Carolina, no sul do Maranhão, ficaram entre as cinco cidades mais quentes do Brasil. Em Balsas, a temperatura passou dos 41º C na segunda-feira (16), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrando a temperatura mais alta entre todas as cidades do país nesse dia.
Nesta quarta (18), Balsas está como a segunda cidade com a temperatura mais alta no Brasil, com registro de 42º C, perdendo apenas para Peixe, no Tocantins, onde os termômetros marcaram 42,1º C.
Em Balsas, a população reclama da onda de calor intenso causada pela estiagem e pelas queimadas. Com o sol forte e as altas temperaturas, está difícil aguentar tanto calor em Balsas.
“Não tem jeito para não estar quente. Eu carrego garrafa de água dentro do meu carro, eu tomo muita água”, destaca o taxista Zeca Araújo.
Há cinco meses não chove na cidade, e como o mês de setembro costuma ser o mais quente do ano, em Balsas, o rio que passa dentro da cidade, já se tornou refúgio para muita gente que busca alívio para tanto calor.
De acordo com o Inmet, além das altas temperaturas, a região enfrenta outro agravante, o tempo seco. A umidade relativa do ar tem ficado abaixo de 20%, e o índice de umidade na região deve permanecer entre 12 e 20%.
Por isso, nesse período é preciso atenção aos efeitos no corpo, principalmente para quem fica exposto ao sol.
“As altas temperaturas, associadas a uma baixa umidade do ar, acarreta em uma maior disseminação de partículas, como ácaro, fungo, poeira, que ajudam a piorar a situação daqueles pacientes que já tem doenças respiratórias crônicas, como asma, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), e também pacientes com crises alérgicas de rinite alérgica, por exemplo. Então, nesse momento do ano, aqui em Baus tem que se dar principalmente atenção a crianças e idosos, que são os pacientes mais acometidos por esse tipo de patologia aqui na nossa cidade”, explica o médico Felipe Coelho.
Alertas de baixa umidade relativa do ar no MA
Nesta quarta-feira (18), o Inmet emitiu três alertas, amarelo, laranja e vermelho, de baixa umidade relativa do ar para o Maranhão. Os alertas são válidos até às 21h desta quarta.
* Alerta amarelo – indica “perigo potencial”, quando a umidade varia entre 30% e 20%. O aviso aponta baixo risco de incêndios florestais e de problemas à saúde.
As regiões maranhenses afetadas pelo alerta amarelo são: Oeste, Leste, Centro e Sul.
* Alerta laranja - indica “perigo”, quando a umidade varia entre 20% e 12%. Nesse caso há risco de incêndios florestais e à saúde, além de ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.
As regiões maranhenses afetadas pelo alerta laranja são: Sul, Leste e Centro.
* Alerta vermelho – indica “grande perigo”, quando a umidade fica abaixo de 12% e há grande risco de incêndios florestais e à saúde (doenças pulmonares, dores de cabeça, entre outras).
As regiões maranhenses afetadas pelo alerta vermelho são: Sul e Leste (veja, no fim da matéria, as cidades afetadas pelo alerta vermelho).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a faixa de umidade ideal para o organismo humano situa-se entre 40% e 70%. Quando essa taxa cai para 30%, já se configura uma situação de alerta, com prejuízos evidentes para a saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, a baixa umidade aumenta a incidência de doenças respiratórias, como rinite alérgica e asma, além de problemas na pele, nos olhos e sangramento nasal.
As doenças respiratórias são as mais preocupantes, principalmente entre crianças e idosos. Pela fragilidade do organismo, existe uma chance maior de complicação.
Instruções:
Veja as cidades que receberam alerta vermelho para baixa umidade do ar
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