Firma de Alderico Machado. Imagem: Acervo Digital IBGE.
Dos quatro cantos da Praça Gonçalves Dias, tem-se em cada um, um símbolo da cidade. Em um desses cantos está o imóvel que atualmente funciona sede da agencia bancária do Bando da Amazônia. Assim como diversos imóvel da cidade, esse está repleto de histórias.
Mas antes que ele fosse levantado em alvenaria, muitas pessoas passaram em seu terreno no dia a dia da cidade. No lugar em que ele está edificado era uma viela conhecida como Beco da Muriçoca, uma ligação entre a então Rua Grande (atual Afonso Pena) até o Largo do Rosário (atual Praça Rui Barbosa), onde parte de seu caminho existe até hoje, onde está a fachada da agencia do Banco do Brasil. Esse beco foi extinto quando o Prefeito Dr. Otávio Passos abriu a avenida que hoje leva o seu nome.
Naquela antiga esquina, em 1890, funcionava a casa comercial de Luiz Marques Teixeira, que tinha como lema ‘a mais barateira da cidade’, conforme anuncio nos jornais da época. Com o fim do beco e a demolição da casa de Luiz Teixeira, o terreno foi requerido pelo comerciante Alderico Novaes Machado (1900/1987), o “fundador” do município de Aldeias Altas e que chegou ao cargo de Governador do Maranhão, em 1955.
Com os serviços do mestre operário Manoel Pinto da Mota, foi edificado em estilo Art Déco esse belo edifício na década de 1940, onde funcionou o escritório da firma Alderico Novaes Machado & CIA. No mesmo edifício funcionou A Quitandinha, casa comercial que vendia tecidos e outros utensílios para casa. Em seguida funcionou outra casa comercial, o Armazém Bandeirantes.
Com o fim das casas comerciais e a fundação do Bando da Amazônia, o espaço passou a abrigar a sede da agencia bancária, que funciona até hoje.
E foi na locação deste banco que o imóvel perdeu quase a totalidade de seus elementos arquitetônicos, como os detalhes em sua platibanda e nomes em relevo. Foram removidos e o ‘novo’ prédio sem os belos e ricos detalhes, agora, em formas lisas, depenado. Restam apenas sua marquise e as grossas paredes.
Falta vontade de querer fazer algo pela preservação da memória da cidade. Só assim o imóvel pode voltar ao que era antes, com um bom trabalho de intervenção em sua fachada.
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