
Durante a sessão desta terça-feira (11) na ALEMA, o deputado Catulé Júnior (PP) fez um pronunciamento contundente sobre o cenário político de Caxias, denunciando o que chamou de “o maior abuso de poder político e econômico” nas eleições municipais de 2024.
Catulé Júnior relembrou o episódio em que o ex-prefeito e atual secretário de Agricultura do Estado, Fábio Gentil, divulgou em comício um áudio falso supostamente atribuído ao ex-prefeito Paulo Marinho, pai do candidato derrotado nas urnas. Para o deputado, o conteúdo influenciou diretamente o resultado da eleição, cuja diferença de votos foi mínima.
O parlamentar relatou que “alguns dias depois do resultado da eleição, ele [Fábio Gentil] alegou que em São Paulo fora assaltado e que o seu celular foi subtraído. Então, lá no celular de onde ele divulgou o áudio ficou impossível de ser periciado o dito áudio original. A perícia da Polícia Federal apontou o laudo inconclusivo, uma vez que não foi possível se fazer a perícia no áudio original. E agora o Ministério Público apresentou um parecer, que é opinativo, acompanhando o entendimento de que não existe prova em relação à materialidade e autoria deste crime”.
“Mas temos o corpo, as imagens e o beneficiado com esse crime. O que não podemos aceitar é que um crime cometido contra a vontade do povo de Caxias seja impune”, observou Catulé.
O deputado frisou que sua fala “não é o choro do perdedor”, mas a defesa da legitimidade da escolha dos caxienses, e denunciou ainda a contratação de quase mil pessoas em período vedado pela lei eleitoral.
Reafirmando respeito às instituições e o dever de fiscalização do Parlamento, Catulé Júnior alertou para o risco de um precedente perigoso. “Não podemos aceitar que um crime praticado contra a vontade do povo seja premiado. Pois fazendo assim, nas próximas eleições estaremos sujeitos, nós daremos um péssimo sinal à nossa sociedade e à classe política de que é possível agir fora das quatro linhas da lei e permanecer impune”, finalizou.
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