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Educação

UEMA Caxias: cursos de Matemática e Física realizam I Seminário de Prática Curricular e Estágio Supervisionado

Evento foi realizado nos dias 25 e 26 de julho.

Por: Ascom/ UEMA | Data: 31/07/2024 10:12 - Atualizado em 31/07/2024 10:17
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Foi realizado nos dias 25 e 26 de julho, no auditório Leôncio Magno, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) Campus Caxias, o I Seminário de Prática Curricular e Estágio Supervisionado. O tema foi “Saberes, vivências e iniciação à docência em Matemática”.

“Saúdo a todos e agradeço a presença dos professores, alunos e convidados que prestigiam esta cerimônia, em particular, os membros da mesa, Prof. Dr. José Ricardo e Souza Mafra; Profa. Me. Lidinalva de Almada Coutinho; Profa. Dra. Lélia de Oliveira Cruz; Profa. Dra. Celina Amélia da Silva e demais autoridades presentes. Uma cerimônia como esta é uma celebração do valor do conhecimento e da educação para a sociedade”, disse a assessora da direção do Campus Caxias, professora Maria de Fátima Alencar Rios, na abertura, feita na noite do dia 25.

Segundo Maria de Fátima, “é evidente o peso cada vez maior, no destino das nações, do domínio do conhecimento e da capacidade de gerar conhecimento novo. O avanço da tecnologia tem causado enorme impacto na sociedade, somos testemunhas de uma revolução silenciosa decorrente da crescente automatização, da modificação na maneira como nos comunicamos e realizamos nossas tarefas, no trabalho ou lazer. O Campus Caxias, com sua história de atuação e produção de conhecimento em Matemática, tem muito a contribuir nesse cenário. Sem nenhum demérito para as outras áreas do conhecimento, até porque, o Campus Caxias tem sempre procurado manter uma ação integradora entre os Cursos. As ciências matemáticas oferecem hoje a base e o meio para avanços em todos os segmentos da atuação humana. A Matemática está em evidência no Brasil, pois a União Matemática Internacional elevou o país ao grupo dos 11 que formam a elite da pesquisa no mundo”.

“Precisamos formar cientistas, bacharéis, engenheiros e licenciados com habilidade para desempenhar suas missões. Reforço nossa disposição de continuar a trabalhar em parceria com os demais Cursos, em prol de uma prática curricular e estágio supervisionado no intuito de uma melhor integração e socialização de conhecimentos entre os acadêmicos desse Campus”, destacou.   

Dando sequência, o assunto “Formação do professor de Matemática no contexto contemporâneo” foi abordado pelo palestrante, Prof. Dr. José Ricardo e Souza Mafra, da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA. “O que uma boa formação inicial de professores deve contemplar? É preciso diferenciar formação (capacitação, especialização) de desenvolvimento profissional (salário, mercado de trabalho, etc). Até hoje não temos uma regulamentação como professor, e sim uma licença. A vivência inicial é importante, pois gera expertise na configuração do professorado. Existem problemáticas que precisam ser enfrentadas e compreendidas. Estamos muito centrados no conteúdo, temos que revisar os cursos e diretrizes curriculares”.

Em seguida, houve a apresentação de grupos de Prática na Dimensão Escolar. A orientação foi da Profa. Dra. Lélia de Oliveira Cruz e Profa. Doutoranda Lidinalva de Almada Coutinho.

As temáticas foram: “A correlação entre Matemática e poluição sonora”; “A influência das fake news nas mídias sociais”; “A energia solar como alternativa de sustentabilidade”; “Violência doméstica: quebre o silêncio” e “Reciclagem: o caminho para a sustentabilidade”.

Na tarde do dia 26 apresentaram-se os grupos de Prática como componente curricular do Curso de Física, eles foram orientados pelo Prof. Dr. João Alberto Santos Porto e Prof. Dr. Iure da Silva Carvalho, ambos do Campus Caxias.

Os alunos apresentaram as temáticas: “Aplicação prática do princípio da conservação de energia no ensino de Física para alunos do 1º ano do Ensino Médio”; Experimento de ondas mecânicas como ferramenta de ensino para alunos do Ensino Médio”; “Robótica Educacional como metodologia ativa no ensino de Física”; “Gamificação em sala de aula como fator motivador no ensino de Física”; “Tecnologias digitais como ferramenta pedagógica para aprendizagem significativa” e “Práticas Experimentais como metodologia ativa no ensino de Física”.

Dando continuidade, houve um diálogo com os coordenadores da área de Matemática da Rede Municipal de Caxias, representada pelo Prof. Me. Deírgeson da Costa Lopes e a Profa. Esp. Sidmar Constâncio. Segundo eles, não é possível deixar totalmente de lado o ensino tradicional. Foram expostas informações a nível municipal, estadual e nacional sobre o ensino da disciplina.  

“Os dados ressaltam a necessidade de repensar estratégias de ensino de Matemática, 68% dos alunos com 15 anos não possuem nível básico de Matemática é preciso mudar as práticas dos colegas em sala de aula”, afirmou a professora Sidmar.

“É preciso promover a relação escola/universidade. O aluno abaixo do básico precisa ser recuperado pelo professor, saber qual o nível cognitivo do aluno é uma das etapas”, acredita o professor Deígerson.

Logo depois houve uma roda de conversa em que alunos estagiários dos cursos de Matemática e Física relataram vivências do estágio. “Preciso entender meu aluno, me permitir, antes de ser professor, sou humano a metodologia deve atender a turma inteira”, frisou Gustavo Henrique, do 6º período.   

O estagiário Alex Kauã teve contato com um autista. “Achei um desafio. No início ele teve dificuldade de interação fizemos aulas inclusivas, ele gostava de coisas diferentes. Precisamos pegar as diferenças e deixar os alunos à vontade”, recomendou ele.

Depois, a mesa redonda “Ensino de Matemática e Física na contemporaneidade: desafios e perspectivas” teve a presença dos professores José Ricardo e João Porto.

“O foco de uma licenciatura é o aprendizado. Nos anos 80 começaram as pesquisas sobre processos formativos, a compreensão de ser professor. Compartilhar as práticas educacionais faz parte da vivência. Vocês terão que criar estratégias para atrair professores. Um professor dessa disciplina não se forma apenas investigando o objeto matemático; há mais coisas envolvidas”, declarou o professor José Ricardo.

“O aluno de Física precisa de habilidade matemática, leitura, conceitos de ciências da natureza isso ele deve obter no Ensino Fundamental, por isso ele sente dificuldade ao chegar ao Ensino Médio. Sobre o desenvolvimento da Física, hoje temos a interação, o desenvolvimento operacional”, informou o professor João Porto.

“Tivemos a oportunidade de realizar esse seminário. O evento teve o apoio de todos os professores do Departamento foi coordenado por mim, pela Profa. Dra. Celina Amélia (Chefe do Departamento de Matemática e Física) e pelo Diretor do Curso de Física, professor Ediomar da Costa Serra. Podemos afirmar que foi uma experiência interessante, com momentos de reflexões, discussões, debates, muitos conhecimentos trocados, experiências e vivências dos alunos (prática e estágio). Os projetos concluídos e apresentados mostram a importância deste trabalho, da pesquisa, da vivência do aluno no campo de estágio, na escola, conhecendo seu futuro campo de trabalho. Uma atividade importante para o crescimento e desenvolvimento dos futuros professores de Matemática”, ressaltou a Profa. Dra. Lélia Cruz, diretora do Curso de Matemática.

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