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Caxias

Pesquisadora da Uema é destaque na Revista da FAPESP por estudo sobre répteis ameaçados pela mudança climática

Estudo integra o projeto “Evolução e biogeografia da herpetofauna: padrões, processos e implicações para a conservação em cenário de mudanças ambientais e climáticas”.

Um estudo liderado por pesquisadores brasileiros revela uma realidade alarmante para os répteis que habitam solos arenosos em regiões áridas. Contrariando suposições anteriores, o aumento das temperaturas previsto para as próximas décadas pode representar uma ameaça significativa para essas espécies, colocando algumas delas à beira da extinção.

Publicado recentemente no Journal of Arid Environments, o estudo ganhou destaque na comunidade científica e foi destacado na Revista da FAPESP. A pesquisa, conduzida por Júlia Oliveira durante seu mestrado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), sob a orientação da pesquisadora Thaís Guedes, aborda a biogeografia e a conservação de répteis adaptados a solos arenosos.

O estudo integra o projeto “Evolução e biogeografia da herpetofauna: padrões, processos e implicações para a conservação em cenário de mudanças ambientais e climáticas”, coordenado por Thaís Guedes, pesquisadora sênior do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ambiente e Saúde da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) Campus Caxias, professora do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e orientadora de Júlia Oliveira.

Contrariando a crença anterior de que essas espécies se beneficiariam com o aumento das temperaturas, a pesquisa aponta que as mudanças climáticas representam uma ameaça significativa para sua sobrevivência. Com base em dados de ocorrência de dez espécies de lagartos e serpentes adaptadas a esses ambientes, o estudo revela que o aumento das temperaturas pode levar à extinção de algumas espécies e à redução ou deslocamento de áreas adequadas para outras.

“Observamos que as mudanças climáticas vão alterar a distribuição geográfica dos répteis e provocar a extinção de algumas espécies, o oposto do que se pensava”, resume Júlia Oliveira.

As espécies estudadas possuem adaptações específicas para sobreviver em solos arenosos, como patas reduzidas ou ausentes e olhos reduzidos. Portanto, a disponibilidade de áreas adequadas para sua sobrevivência depende não apenas das condições climáticas, mas também das características do solo.

Para os pesquisadores, os resultados são preocupantes, especialmente porque a ameaça representada pelas mudanças climáticas tem sido negligenciada para os répteis que vivem enterrados em solo arenoso.

Diante desse cenário, os pesquisadores defendem a ampliação de unidades de conservação de proteção integral adequadas a esse grupo de animais e ressaltam a importância de ações urgentes para mitigar os impactos das mudanças climáticas sobre a biodiversidade.

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