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Maranhão

Mais de 1.100 famílias já estão desabrigadas ou desalojadas por causa das cheias dos rios no MA

Em Imperatriz, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes, até essa quarta-feira (12), já havia 279 famílias desabrigadas ou desalojadas, o que corresponde a cerca de 977 pessoas atingidas diretamente.

Por: G1 MA | Data: 13/01/2022 10:53 - Atualizado em 13/01/2022 10:54
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Subiu para 1.126 o número de famílias desabrigadas e desalojadas por causa das fortes chuvas, que têm provocado as cheias dos rios no Maranhão. Por causa das enchentes dos rios, sete cidades do Estado estão em situação de emergência, sendo elas: Mirador, Grajaú, Barra do Corda, Jatobá, Paraibano, Formosa da Serra Negra e Imperatriz.

Segundo informações da Secretaria Municipal de Governo e Projetos Estratégicos (SEGOV), em Imperatriz, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes, até as 15h dessa quarta-feira (12), já havia 279 famílias desabrigadas ou desalojadas, o que corresponde a cerca de 977 pessoas atingidas diretamente. No total, são 159 famílias desabrigadas, que estão sendo acolhidas em seis locais da cidade. E há 120 famílias desalojadas, que estão abrigadas na casa de parentes ou amigos.

O número de desabrigados e desalojados aumentou por causa do nível do Rio Tocantins, que voltou a subir nessa quarta, chegando a marca de 10,30 m, uma elevação de mais de três metros acima da cota de inundação.

Porém, de acordo com a SEGOV, o nível do rio deve ter subido ainda mais e o número de famílias atingidas diretamente pela enchente deve ser maior, pois, na noite dessa quarta, a usina hidrelétrica de Estreito aumentou a vazão de água na barragem para 17 mil metros cúbicos por segundo. Por isso, a tendência é que mais famílias tenham sido atingidas pela enchente. Os dados atualizados serão divulgados até as 12h desta quinta (13).

Equipes do 3º Batalhão de Bombeiro Militar (BBM), homens do Exército e Defesa Civil trabalharam durante a noite dessa quarta, para retirar as famílias das casas afetadas.

Na cidade de Mirador, o nível do Rio Itapecuru está baixando lentamente, segundo o Corpo de Bombeiros, marcando 4,67 m, até a tarde dessa quarta. Porém, apesar de ter tido uma diminuição acentuada do acúmulo de água nas vias públicas do município, alguns povoados ainda estão isolados por causa da inundação.

Ainda de acordo com o CBMMA, equipes do Corpo de Bombeiros continuam dando apoio ao município, prestando assistência humanitária às vítimas. Nos locais afetados pelas enchentes, estão sendo enviadas cestas básicas e medicamentos, que são distribuídos pelos militares e por agentes municipais.

Nas cidades de Trizidela do Vale e Pedreiras, o nível do Rio Mearim está com tendência de aumento, chegando a 5,93 m, próximo da cota de inundação.

Segundo o CBMMA, já há cerca de cem abrigos públicos prontos para receber a população em caso de desalojamento. Os bombeiros da 13ª CIBM e agentes das prefeituras já trabalham na retirada de famílias dos locais de maior risco na região.

Na cidade de Caxias, a cheia do rio Itapecuru também deixou cerca de 24 famílias desabrigadas. E a previsão é que esse número cresça com a enchente do rio, pois já choveu muito na cidade durante a noite dessa quarta.

O nível do rio chegou a 5,99 m, atingindo a cota de enchente. Segundo a Defesa Civil do município, a primeira região afetada pela enchente foi a zona rural, onde muitas famílias tiveram que deixar suas casas e em alguns povoados já há famílias isoladas. Na zona urbana de Caxias, há 8 áreas de risco, que são regiões ribeirinhas e de encosta de morros. Há quatro abrigos disponíveis para atender aos desabrigados.

Plano de prevenção contra chuvas

Segundo os relatórios meteorológicos deste ano, O Maranhão ainda vai enfrentar um volume de chuvas maior nas próximas semanas, pois, o maior índice de chuvas deve acontecer entre o fim de janeiro e início de fevereiro. Os dados são do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) e do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (NuGeo/Uema). As estimativas dos relatórios apontam para um crescimento do volume de chuvas entre 20% e 80% acima das médias históricas.

Com base nesses dados, nessa quarta-feira (12), o vice-governador Carlos Brandão se reuniu com secretários e técnicos do Governo do Estado para traçar um plano de prevenção contra chuvas no Maranhão, para evitar possíveis danos causados pelas águas, tanto em áreas rurais quanto urbanas.

Segundo o governo do Estado, em todos os municípios com alagamentos, as cheias dos rios estão sendo monitoradas, principalmente onde são identificados riscos de enchentes.

“Para compreendermos os agravantes dos alagamentos nas cidades após as fortes chuvas, precisamos estudar cada caso e as suas motivações. Isso nos permitirá medidas preventivas, inclusive reduzindo os impactos das cheias dos rios, algo que carece de um planejamento integrado das ações, incluindo a participação de empresas privadas que se coloquem à disposição para colaborar com essas iniciativas, a partir destes estudos”, destacou o vice-governador Carlos Brandão.

De acordo com o secretário-adjunto da Infraestrutura, Rafael Verner, a Sinfra está pronta para sanar problemas que possam aparecer. “Nós temos hoje 32 frentes de serviço no estado para trabalhos emergenciais, em pontos com risco de corte total ou parcial de estradas”, afirmou.

Além disso, o Governo deverá formar um grupo de trabalho para tratar especificamente do planejamento de ações de prevenção e combate aos danos causados pelas chuvas.

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